Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, VOL III (2018)

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Um retrato sem moldura: a (in) definição do ensino de História da África e relações étnicas raciais no município de Ubá
Tatiana Costa Coelho, Marisa Coelli Fateixa

Última alteração: 2018-10-24

Resumo


Objetivo Geral: O trabalho em questão é pioneiro na região de Ubá e tem por objetivo promover uma discussão da educação para a diversidade étnica e racial, enveredando também na questão dos direitos humanos tão requeridos pela sociedade atual. Materiais e Métodos (ou equivalente): Desse modo, pretendemos analisar a representação dos docentes e discentes acerca do estudo da história da África e relações étnicas e raciais nas escolas do ensino fundamental I no município de Ubá. Para isso devemos: analisar a forma com que é tratado o ensino de história e cultura afro e relações étnicas-raciais na cidade de Ubá para os alunos do fundamental I (1º ao 5º ano); verificar a existência de uma discussão de relações étnica e raciais dentro da escola, propor modificações acerca do ensino de história e cultura afro-brasileira e relações étnicas e raciais através de projetos que deverão ser executados dentro da escola. Iremos utilizar para o trabalho a pesquisa-ação. Essa metodologia científica, amplamente utilizada na educação, articula o conhecer e o agir num viés social, promovendo a comunicação e a interação entre a pesquisa e o “lócus” dessa que seriam os docentes e discentes (Thiollent, 2005).

Resultados e Discussão: A mistura étnica-racial no Brasil é evidente desde sua colonização. Fatores políticos, no entanto, sempre deixaram os indígenas e os negros à margem da sociedade não dando a estes o devido valor na construção da história brasileira. Somente a partir de 1997 este assunto veio permear as discussões na educação. O PCN (Parâmetro Curricular Nacional) publicado em 1997 constitui o primeiro documento oficial falando da importância da diversidade de culturas do Brasil e a necessidade de estudar o tema na escola, mas não é tratado de forma clara este reconhecimento. A escola entra nesse processo de reconhecimento contribuindo de forma direta para a erradicação do preconceito e para valorização do negro como cidadão, superando a discriminação e a exclusão. Essa ação se consolida com o papel do educador na busca de uma escola democrática que trabalhe a auto-estima dos alunos, desmistificando os preconceitos há muito arraigados dentro da sociedade brasileira. Através da pesquisa que se encontra em fase de análise das entrevistas, percebemos o quanto a história da África e as relações étnico e raciais se encontram em um estágio inicial dentro das escolas e carece de maiores análises.