Última alteração: 2022-02-22
Resumo
A gripe é uma doença aguda, isto é, de início súbito, provocado por um vírus que afeta, sobretudo, o trato respiratório. O quadro clínico caracteriza-se por febre alta, dores e prostração. Os doentes queixam-se de dores de garganta, catarro óculo-nasal, tosse, dores musculares e de cabeça. Sintomatologia comum a outras infecções. Por isso, na ausência do diagnóstico causal, é habitual a designação de síndrome gripal para caracterizar aquele conjunto de sintomas e sinais. Em regra, no plano clínico, tem uma evolução favorável para a cura em poucos dias, habitualmente em menos de uma semana. É esta marca de benignidade que acaba por ter um efeito altamente pernicioso. Antes de mais, porque essa imagem de rápida evolução para a cura não é suficientemente motivadora para gerar preocupações nos cidadãos que, por isto mesmo, não procuram informações sobre a sua prevenção e tratamento. Não se informam e, muitas vezes, não se protegem. Por outro lado, também é verdade que mesmo durante os períodos Inter pandêmicos há que ter em conta a gravidade das complicações clínicas da gripe e os efeitos negativos que origina nos planos económico e social, decorrentes do absentismo laboral e escolar.
A gripe H1N1, ou influenza A, é provocada pelo vírus H1N1, um subtipo da influenza vírus do tipo A. Ele é resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus da gripe aviária e do vírus da gripe suína (daí o nome pelo qual ficou conhecida inicialmente), que infectaram porcos simultaneamente. O período de incubação varia de três a cinco dias. A transmissão pode ocorrer antes de aparecerem os sintomas. Ela se dá pelo contato direto com os animais ou com objetos contaminados e de pessoa para pessoa, por via aérea ou por meio de partículas de saliva e de secreções das vias respiratórias. Experiências recentes indicam que esse vírus não é tão agressivo quanto se imaginava.